sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Economizando com perfumes



O uso do perfume no dia a dia traz conforto, limpeza, exprime personalidade, e pode ser até usado na arte da sedução. Muitas pessoas gostariam de usar com mais frequência, mas os preços praticados no mercado brasileiro são um pouco proibitivo, além do mais, as concentrações das essências nos perfumes nacionais são baixas, tornando cheiro pouco durável na pele.

Por outro lado, importar seria uma alternativa, pois os perfumes são mais concentrados e duram mais tempo, não necessitando aplicar grandes quantidades, logo renderiam mais. Porém, os preços são altos também.

Exitem no mercado os chamados contratipos que buscam se aproximar dos aromas de marcas de perfumes já consagradas. Os contratipos são mais em conta, todavia, a fixação e projeção não são das melhores!

Um bom perfume, além de ter um aroma que agrade o usuário, ele deve ter uma boa fixação, pois deve durar por mais tempo, e ter uma boa projeção, com um raio de alcance maior. Esses dois atributos com certeza vão proporcionar elogios por onde você passar. Quem não gosta de ser elogiado?

Entre vários fatores que proporciona uma boa fixação, a principal é a concentração de essência. Aqui no Brasil a maioria dos perfumes são colonias, ou seja, a concentração de essência é de 5% a 10%.
Para se ter uma idéias, existem perfumes importados  que têm concentração de até 30%. Esses duram um absurdo na pele. Tando duram, que após um banho, se vacilar, ainda ficam  resquícios do aroma na pele.

Quanto a concentração da essência podemos classificar o perfume em:




O perfume não deixa de ser um acessório como uma roupa, sapato ou relógio. E para cada ocasião e tipo de pele, também, tem um perfume que se encaixa perfeitamente: cítricos para regiões mais quentes; adocicados ou amadeirados para temperaturas mais baixas e etc. Tudo isso ajuda na projeção, fixação e conforto do usuário e quem o circunda.
Como os perfumes bons são extremamente caros e não estamos dispostos a desembolsar grandes valores com eles, por que não comprar as essências e fazer a mistura com a concentração desejada? Essa alternativa mostou-se extremamente eficaz, pois conseguir "fazer" perfumes baratos, em grande quantidade e em melhor qualidade, com a concentração que eu queria.

Basicamente precisamos de:
Água deionizada
Álcool de cereais
Essência (20ml - R$ 20,00)
Frasco âmbar ( de 100 ml  - R$1,50)
Funil ( R$2,50)
Válvula spray para perfume ( R$ 1,00)
Frasco para perfume preferencialmente de vidro (R$ 8,00)

Para facilitar, no lugar da água deionizada e álcool de cereais, eu comprei a base para perfumes ( 500ml - R$ 12,00) . Essa base já vem com esses dois elementos na proporção correta. Essa parte é importante na mistura, pois se não estiverem na proporção correta, o perfume pode ficar muito turvo e com o cheiro de álcool muito forte. Por isso preferi comprar já a base pronta.

Pesquise bastante os fornecedores das essências, assistindo vídeos no youtube, lendo os fóruns para saber a opinião dos compradores. As essências têm que ser concentrada. Sem contar também que você terá que achar os fornecedores de aromas que te agrade.

Misture a essência com a base para perfume na proporção desejada diretamente no frasco âmbar, com auxílio de um funil. Lembre-se que a concentração da essência vai ditar se o perfume vai ficar mais forte e duradouro ou não. Outro detalhe importante é que quanto mais concentrado, mais oleoso ficará na pele. Não adianta produzir um perfume que vá durar 24h se você for tomar banho antes desse prazo. Seria um desperdício de perfume!

Após a mistura, guarde o frasco com o líquido em um ambiente fresco e escuro por um período de pelo menos 15 dias. Não abra antes desse período! Essa é a fase da maceração. Quanto mais tempo macerando, melhor será o perfume. Depois é só colocar no frasco de vidro e tampar com a válvula.

Para produzir 100 ml de perfume com concentração de 20%, eu gastei aproximadamente R$ 45,00.

Agora é se preparar para receber os elogios, pois a partir de agora seu mundo de fragrâncias não estará mais restrito aos perfumes tradicionais.

Boas economias!













sábado, 21 de julho de 2018

Investir em empresas que não estão na bolsa



Existe um tipo de investimento que muitos não levam em conta na hora de aplicar suas economias, e que, talvez, seja mais rentável que os tradicionais, porém um pouco arriscado.

Estava assistindo um programa chamado Shark Tank. Trata-se de um programa em série, onde empreendedores mostram suas ideias/diferencias para potenciais sócios investidores com o intuito de captar recursos para alavancar a empresa, e em contrapartida oferecem um participação no negócio. Este formado teve origem nos EUA, mas já se encontra disponível uma versão brasileira. Os potencias investidores convidados são grandes empresários já consolidados com uma vasta gama de conhecimento e dinheiro. A dinâmica do programa é simples: o empreendedor apresenta o produto ou serviço, a proposta de investimento e os dados contábeis da empresa, e a partir daí os "Sharks" vão fazer as propostas ou então dizer que está fora do negócio.

É um programa bastante construtivo e educativo, pois podemos compreender o raciocínio dos grandes empreendedores, onde, por exemplo, o bom negócio tem que ser inovador, escalável, franqueável, sustentável,  ter uma grande barreira de entrada e outros.

No programa do Brasil, tinham negócios dos mais simples aos mais complexos, e é claro, não podendo deixar de existir as ideias absurdas. Podemos perceber que muitas pessoas estão ganhando dinheiro com coisas que não imaginávamos, com um investimento inicial possível para a maioria dos educados financeiramente. E, ainda sim, esses empreendedores estão em busca de sócios para expandir ainda mais seu projeto através da captação de recursos e ideias.

É bem verdade que um dos papéis das Bolsas de Valores é facilitar a captação de recursos junto aos investidores, porém os custos altos para listar na bolsa e a burocracia se tornam pontos proibitivo para uma empresa que está nos primeiros anos de funcionamento. A bolsa também trás segurança, pois existem uma série de exigências como auditoria, exigência de emissão de relatórios periodicamente e etc. Entretanto, isso não afasta totalmente casos de maquiagens nos relatórios contábeis, pois onde há pessoas com interesses e possuidoras de grandes volumes de capital pode acabar corrompendo o sistema para atender as suas necessidades. E isso já aconteceu em uma das maiores bolsas de valores, e há possibilidade de ainda está acontecendo.

Na NetFlix tem um documentário chamado The China Hustle que trata das manobras financeiras fraudulentas, onde empresas ruins apresentavam resultados bons através dos seus relatórios, e estes eram validados por empresas de analise de classificação que recebiam altas quantias para mascarar a real situação. Além do mais, existiam outras simulações de operações ilegais também. Assim, investidores eram induzidos a adquirir determinada ação face os números apresentados e quando a fraude foi descoberta, o prejuízo foi certo. Na maioria dos investimentos na bolsa, o investidor sequer tem contato com a empresa, mantendo uma relação na base da confiança. Se bem que, qualquer negócio quando toma uma dimensão maior, nem mesmo o dono de uma empresa LTDA tem o controle total de tudo que acontece na companhia.

Por outro lado, temos inúmeras empresas de menor porte que não estão na bolsa de valores e necessitam de investimentos para expandir. As formas que elas captam recursos são através de empréstimos ou ingresso de um novo sócio. Como alguns projetos são embrionários, ou seja, não entraram em operação ou têm pouco tempo, fica difícil apresentar dados financeiros suficientes para conseguir do banco uma linha de crédito que tenha como garantia a capacidade de pagamento e os bens da empresa. E analisando, ainda que tenha, os juros se tornam desestimulantes, sem contar que um dinheiro emprestado e não pago, o banco toma os bens da empresa. Ou seja, o banco não divide o risco do negócio!

No que tange a captar um sócio, esse sim assume o risco tanto de dar errado quanto de dar certo, e, em ambos os casos, se responsabilizariam proporcional ao capital investido. Esse é o preço a ser pago em dividir em sociedade. É uma gestão de risco tanto para o fundador quanto para o sócio investidor. Outro quesito a ser analisado, é a obtenção das informações contábeis confiáveis da empresa. O sócio investidor que vai ter que buscar mecanismo para identificar se aquilo é real.

No programa Shark Tank os empresários apresentavam alguns dados interessantes que nos faz refletir sobre os nossos investimentos tradicionais. Percebemos que em média um negócio obtém um lucro líquido de 10% a 20% do faturamento bruto. Claro que vão existir casos em que essa margem será bem menor. Pelo menos no programa a grande maioria variavam 10-20. O Payback (tempo de retorno do valor investido) quando era mais de 5 anos, os Sharks (potenciais investidores) reclamavam que era um tempo longo. Isso me fez comparar com uma das ações que eu tenho, como por exemplo ITUB3, com P/L de aproximadamente 10. Então estou em um investimento que se tudo se manter ano a ano, irei recuperar meu dinheiro investido em 10 anos. Sei que tem a valoração das ações. Para os padrões das empresas que não estão na bolsa isso seria muito tempo, pois a média de rentabilidade é de aproximadamente 3% a.m ou 26% a.a. O yeld (dividendos) da ITUB3 quando olhei estava de 7% a.a.

Talvez isso se deva ao fato de que os preços das participações nas empresas LTDA estejam mais próxima do seu valor. Algumas ações na bolsa chegam a bater P/L maior que 50 devido a especulações. É um mercado altamente sensível a decisões presentes que talvez nem sequer surta efeito a médio/longo prazo.

Com uma empresa menor isso não ocorre! Ela não serve como instrumento especulativo. O investimento se torna mais concreto e sócio pode acompanhar de perto. Dá para verificar o faturamento e as margens de lucros. O preço de venda não vai cair da noite para o dia, tampouco valorar! Caso queira, pode sugerir ideias para melhorar a gestão da empresa. Ela está mais próxima da realidade dos investidores pequenos. O risco de dar tudo errado aqui é bem maior, mas o retorno do investimento é proporcional ao risco envolvido. Por isso o retorno é um pouco maior. Assim sendo devemos ter cautela e avaliar bem os negócios.

É muito difícil participar de um negócio apenas como sócio investidor, e mesmo sendo somente investidor, haverá alguma atividade ou problema a ser resolvido, e o sócio terá que assumir essas responsabilidades, afinal de contas , parte da empresa é dele.

A pergunta que fica é: até que ponto é mais vantajoso investir em empresas da bolsa em detrimento das empresas menores?




terça-feira, 17 de julho de 2018

Quem sou eu

Quem sou eu?
Um brasileiro que descobriu em tempo a corrida dos ratos, e que deseja sair dela o mais breve possível. Venho buscando expandir meus conhecimentos tanto nos investimentos como em outras áreas.


Conheci os blogs de finanças de muitos aqui em 2015, e foi por acaso. Sempre acompanhei as discussões, mas não fazia nenhum comentário. Aprendi muito com essa galera! Agora chegou a hora de abrir um blog tanto para postar quanto para comentar, pois acho que posso contribuir com alguma coisa. Eu achei o máximo  esse negócio de expor suas finanças, ainda que no anonimato. Assim, se tem uma noção de quanto a galera ganha, como gasta e aplica suas economias, pois na vida real quase ninguém conversa sobre valores. Além do mais, aqui podemos até ter uma referência de como estamos nessa caminhada ou corrida rumo a IF.