Que delícia de mês! Só não digo que todo mês suba, porque preciso aportar, para não querer pegar todos os ativos na máxima. Na verdade, tenho apenas 2 ativos que estão na máxima. Mas tá bom! Sinal que os outros ainda tem espaço para crescer.
Transferência de custódia
Fiz uma transferência de custódia entre corretoras do exterior. Estava com duas corretoras. Já pensava seriamente em deixar os ativos em um só lugar por lá, foi quando acessei uma delas, vi que tinha sido vendida e que os ativos seriam transferidos para outra corretora que a adquiriu. Aí definitivamente decidi trazer para minha outra corretora.
Mas se eu não fizesse isso, apenas teria que abrir uma conta na corretora adquirente que o resto seria automatizado sem custo nenhum. Por falar em custo, essa transferência de custódia me custou zero (ZERO). Não sei se foi por causa desse processo de venda da corretora, que isentou os processos de transferência das custódias. Normalmente nas transferências, a corretora que perde a custódia cobra uma taxa. O processo foi muito simples. Tudo online pelo site da corretora que vou concentrar meus ativos, e duraram uns 2 dias úteis.
Cheguei a pensar em liquidar os ativos, repatriar e depois mandar o dinheiro para fora novamente, mas os custos seriam bem maiores.
Social
Fui para um casamento de uma amiga da minha namorada. E lá tive a oportunidade de conhecer um dos maiores fazendeiros da região. Ele é avô da noiva. Uma pessoa super simples, se não me falassem quem ele era, não daríamos nada, tamanha simplicidade. Antes do casamento teve um almoço, onde conversamos sobre muitos assuntos, inclusive de como ele conseguiu chegar onde chegou.
Quando jovem, contou que trabalhou para os outros dirigindo caminhão, onde passou boa parte viajado pelo país, dos perigos que essa profissão trazia, os perrengues. Teve a oportunidade de mudar um pouco o estilo de trabalho, sendo motorista de ônibus urbano, tipo aqueles bondinhos que andavam nas ruas das cidades, onde tinha ar condicionado, horário de trabalho pré-determinado e com salário bom para um jovem da época. Segundo ele, a qualidade de vida tinha melhorado muito. Afirmou que tranquilamente trabalharia ali pelo resto de sua vida.
Porém um amigo a quem ele devia um favor, o chamou para ajudá-lo dirigindo caminhão, e novamente voltou a vida sem data e horário para chegar em casa. Com um tempo o amigo precisando de dinheiro fez uma proposta para ele entrar como sócio da empresa. E como tinha um dinheiro guardado provavelmente da rescisão do trabalho anterior, assim concordou, entretanto, essa parceira não durou muito tempo. Logo seguiu só no ramo de transporte.
De empregado a empregador, assim adquiriu dois caminhões, e com eles foi construindo seu patrimônio inicial. Contou as dificuldades de se encontrar um bom funcionário, fazendo um paralelo de tanto antes como hoje, o motivo que os jovens não prosperam. Segundo o fazendeiro, muitos não querem "pegar pesado" e outros se entregam aos vícios. Relatou que teve um funcionário muito bom, mas que não ficou com ele muito tempo, pois era viciado em bebidas alcoólicas. Embora o funcionário tivesse muitos atributos de uma pessoa com futuro promissor, o vício atrapalhava todas as suas habilidades.
O Fazendeiro disse: O homem tem que controlar seus vícios. Jamais deixar ser domado. Essa frase é muito profunda. Temos que ter foco, e evitar distrações por tempo prolongado. Da família ele foi o único que não bebia, tampouco fumou. Hoje, por volta dos seus Oitenta e poucos anos, pelo que percebi, o problema de saúde dele era audição, devido ao barulho das descargas dos caminhões. Naquela época não tinha controle de poluição sonora.
Então com apenas dois caminhões e mentalidade de empreendedor, ele construiu seu "império". O restante da história ele não contou, mas pude depreender que ele foi comprando terras, pois naquela época era o melhor investimento, e gado. E até hoje trabalho com gado, focado na produção de leite.
Percebi que a grande chave que fez mudar o destino dele, além de ser uma pessoa trabalhadora, foi ter saído do emprego confortável, ainda que contra sua vontade, para trabalhar em sociedade e perceber que dessa forma era mais eficiente prosperar.
Hoje ele olha para trás e tem a certeza que fez a escolha certa. Seus filhos também bem de vida, uns seguiram a área do pai, outros não. Outro detalhe é que além de ajudar seus filhos, ele também vem ajudando seus netos. Formou um em medicina, pagando o curso, outro está para se formar em direito. A noiva tentou duas faculdades, mas não se identificou, mas montou um negócio que está gostando e está dando certo. Os outros netos não sei da história, mas certamente ele ajuda de uma forma ou de outra, e vai querer que cresçam com uma boa profissão e tenham um boa vida.
Atualmente o que mais preocupa ele é a desunião que já esta tendo entre os filhos. Rola ciúmes em ele ter ajudado os netos também. Inclusive dois dos netos foram criados literalmente com ele. Ele chegou a doar terra, casa e apartamento a esses netos, com receio deles não ficarem com nada após sua morte.
Até mês que vem!
