Mercado foi bondoso com todos! Está sendo bom investir em RF e em RV. Quem está com as finanças equilibradas está pegando essa oportunidade. Na verdade quem é da RV está colhendo o fruto, quem é da RF está plantando os frutos.
Previdência Privada
Estava reavaliando fazer uma previdência privada. E para mim talvez tenha vantagem. Não sei por que não vi isto antes. Tenho uma boa parte do meu IR que fica com o leão. Na verdade, esse ano tive que pagar além dos valores retidos.
Acho que isso que me fez se mexer e buscar alternativas legais.
Dei umas estudadas no PGBL e VGBL buscando as vantagens nelas. De cara para mim um PGBL talvez valesse a pena. Pois vou poder deduzir até 12% da minha base de cálculo. Nisso, já não vou precisar gerar darf de IR complementar. Na verdade, terei imposto a ser restituído pela Receita. Mas aí poderiam me dizer que lá na frente no momento do resgate do meu PGBL seria pelo todo e não pelo rendimento, como geralmente ocorre nos investimentos. Mas pensamos bem, estou tirando um dinheiro que seria tributado, no meu caso, na faixa de 27,5 para futuramente ser tributado por 10%(pela tabela regressiva), e ainda por cima todo ano terei uma restituição.
Então para se ter uma eficiência tributária, aportaria até os 12% da minha renda bruta, nem um centavo a mais. O necessário! Aportes além disso, já não se aproveita tanto do PGBL.
No outro ano, na declaração de IRPF vou ver quanto serei restituído, e considerar com um "rendimento" da aplicação neste ativo, afinal de contas, "ganhei" um dinheiro a mais. Porque se fomos analisar somente o rendimento do fundo previdenciário, os mais conservadores vão acompanhar o CDB, só que temos que lembrar que iremos ganhar também com a restituição ou a redução de imposto no ano seguinte na declaração.
Mas o que seria esses PGBL e VGLB?
Nada mais que fundos de investimentos com algumas características voltadas para uma previdência, só que privada, como:
-não entra no inventário;
- não incide o imposto sobre herança o ITCMD;
-o titular escolhe as pessoas que irão receber e quais as porcentagens, em caso do seu falecimento.
Um o tributo incide sobre o todo (PGBL), o outro sobre os rendimentos (VGBL).
Indo um pouco mais, depois do governo querer tributar aportes acima de 50k mensais no VGBL, resolvi fazer uma comparação com outros tipos de investimentos para ver o que é de tão bom assim, que o governo está entrando no meio.
Daí pensei em fazer algumas simulações no Chatgpt, e vejamos as conclusões:
Prompt
Faça uma simulação de quatro tipos de investimentos que vou listar. Em todos o aporte inicial e único será de 300.000,00 que irão durar 20 anos com rendimentos de10% ao ano.
VGBL
Taxa administrativa de 0,80 ao ano
Sem come cotas do IR
Fundo de investimento
Taxa administrativa de 0,80 ao ano
Com come cotas do IR
Tesouro Selic
Taxa administrativa de 0,20 ao ano
A cada 5 anos tem que fazer o resgate, pagar o imposto de 15% e aplicar novamente o valor líquido no tesouro selic.
ETF que replique o IMA B5
Taxa administrativa de 0,20 ao ano
Imposto de renda de 15% apenas no momento do resgate, ou seja, no final dos 20 anos.
Lembrando que cada um desses investimentos certamente teriam rentabilidades diferentes no mundo real, mas para simplificar, e comparar os efeitos das taxas de administração e do imposto de renda, considerei que todos tivessem os 10% ao ano.
Aqui estão os resultados da simulação dos quatro tipos de investimentos com um aporte único de R$ 300.000,00 ao longo de 20 anos com rendimento bruto de 10% ao ano:
Tipo de Investimento | Valor Final Líquido (R$) |
---|---|
ETF IMA B5 | 1.654.196,06 |
VGBL | 1.569.699,54 |
Tesouro Selic | 1.545.385,38 |
Fundo de Investimento | 1.345.949,37 |
Observações importantes:
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ETF IMA B5 teve o melhor desempenho por ter a menor taxa administrativa (0,20%) e incidência de IR apenas no final.
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VGBL também teve bom desempenho, com IR regressivo de 10% apenas no final e sem come-cotas.
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Tesouro Selic ficou próximo do VGBL, mas os resgates a cada 5 anos com pagamento de IR sobre os rendimentos reduziram um pouco o rendimento final.
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Fundo de Investimento teve o pior resultado, devido à cobrança semestral de come-cotas (IR de 15% sobre os rendimentos), o que reduz o efeito dos juros compostos ao longo do tempo.